terça-feira, 22 de março de 2011

Tem gente que pensa que é rei, mas não passa de um mané!

Antes de começar a contar a estorinha, quero deixar claro que há muita pseudo-rainha por aí também.


Quem não conhece alguém assim? Eu conheço!
Recentemente reencontrei um. Ele se comporta como se fosse a melhor opção que uma mulher pode ter. O que certamente não imagina é que ele nem chega perto disso.
Conheci a criatura ano passado, mais ou menos nesta época. Começamos a sair e ficar, aí vocês sabem, no início tudo são flores, a pessoa é um doce! (para me conquistar mostrou-se diferente de quem realmente é; tolinho, não aprendeu ainda que sempre descobrimos a verdade) Porém, ele não tardou a mostrar as garras.
No início, ele ligava com frequência, sempre pedia que eu escolhesse para onde iríamos, eu sugeria um lugar tranquilo, onde desse para conversar, sem um barulho ensurdecedor nos ouvidos (barzinho, praia, restaurante, nada caro ou exigente). De repente, passou a mudar o lugar sem combinar nada. Até aí, tudo bem, o importante era ter o momento de desestressar.
O problema surgiu quando ele começou com um tal de sumir e reaparecer. Vai lá que estávamos apenas ficando, mas poxa, não sou mulher de sair com homem que só liga sexta a noite! Quer apenas uma transa casual? Procure numa esquina qualquer, está cheinho de profissionais para isso.
Dei uns toques a ele de como se trata uma mulher como eu (não devia, pois ele é grandinho, mas dei mesmo assim). Quando pensei que as coisas tinham começado a melhorar, ele passou a falar das outras com quem ficava. Porra! Vai ser lesado assim lá na Mongólia! Mulher nenhuma quer saber das outras, mesmo sendo apenas uma ficante não é para contar. E eu fazia cara de paisagem nessas horas.
A gota d'água foi ser descaradamente preterida num determinado dia (alguns meses juntos). Na ocasião, parei e pensei: “Tudo bem que não quero namorá-lo, mas não preciso disso, posso arranjar um 'amigo com benefícios' melhor”. E como uma dama, que sou, desejei a ele boa sorte na investida e tirei meu time de campo.
Como todos sabem, o tempo passa, o tempo voa... Quem veio me procurar de novo (quem???)? Pois é, ele! No início não dei trela, se não me engano, passei um mês e meio dizendo que não podia encontrá-lo, estava sempre ocupada (tinha que lavar o cabelo, o filme na TV era mais interessante, comprar pão na padaria era mais importante, sabem... estava sempre MUUUUUUUUITO OCUPADA - risos).
A insistência perdurava, eu comecei a ficar sem paciência, até que ele falou umas palavrinhas que me fizeram mudar de atitude: “vamos nos ver para conversar, por favor”. Pensei: “deve ser importante”. E lá fui eu. Mas é claro que não era importante!
Ele veio logo tentando me beijar, só que desta vez eu o coloquei em seu devido lugar. “Epa, pensa que é assim? Some não sei quanto tempo, liga, dá um sorrisinho e está tudo bem? Comigo não funciona. Você me chamou para conversar, vamos lá, sou toda ouvidos, hoje eu vim para ouvir”.
O cara ficou sem (re-)ação. Como diria uma amiga, EU ACHO É POUCO! Depois de uns minutos calado, acredito que tentando articular as ideias, veio com uma conversa fiada para cima de mim. Disse que gostava de mim, que sentiu minha falta e que não entendia porque tinhamos nos afastado (dããã). Falou que não tinha nada a me oferecer, mas que queria continuar ficando comigo e só comigo, para depois ver no que dava (seeeeeeeeeei). Enfim, sabem aquele discursozinho para pegar as bestas? Escutei caladinha, só esperando o momento de passar mais uma rasteira nele.
Quando finalmente se calou, olhei bem séria e perguntei na lata: “Em algum momento eu cobrei alguma coisa de você? Pedi para assumir compromisso? Pois é, não. Não sei o tipo de mulher com quem você está acostumado a ficar, mas eu não acho legal que um homem fique comigo e me fale das outras conquistas, eu quero que quando estiver comigo, eu seja a única ali. Também não acho legal a pessoa sumir semanas, meses e voltar como se nada tivesse acontecido. E gosto menos ainda que só me ligem nos fins de semana e tarde da noite, isso é coisa que se faz com vagabunda”. Foi bem ao estilo 'entendeu ou quer que eu desenhe?'
Ele me puxou e falou “vamos fazer as pazes, me dê mais uma chance”, tivemos uma longa conversa, fiquei reticente, mas acabei pensando “estou fazendo nada mesmo, qualquer coisa eu saio fora de novo”. Passou dois meses bem comportadinho, contudo não era para ser.
Ele ou esqueceu o passa-fora que dei ou achou que eu tinha amolecido, e veio me confidenciar que estava interessado em outra. Juro que não tive outra reação a não ser começar a rir. E terminei falando “boa sorte na conquista”. Não atendi mais as ligações dele e tratei de cuidar de minha vida.
Fim de semana passado, para ser mais exata, domingo passado, após quase quatro meses sem notícias, eis que o encontro novamente. (será isto karma?) Nem era para acontecer. Fui com duas amigas deixar uma terceira no ponto do ônibus, ela iria viajar; no caminho, a danada quis parar para tomar milk shake, passamos noutro lugar, mas já estava fechando, então fomos ao Bob's. Sentamos numa mesa, papo vai, papo vem, quem sai da loja? Ele. Ficou me olhando, mas não falou. Eu que não iria levantar para falar, né?! Quando resolveu ir embora, ele veio em minha direção. Como sou educada, cumprimentei. Lá vem a criatura com um sorriso non sense nos lábios, coitado! Não dei trela e ele foi embora. Acabou, né...
Acabou nada. Ontem ele me procurou para conversar (heim?). Disse que estou diferente e quase não me reconheceu (desculpa aí se estou mais linda que na sua época - gargalhadas), falou que esteve namorando nos últimos dois meses, mas a dona queria mandar nele e haviam terminado. Não desejo o mal, pois não quero que se volte contra mim, mas confesso que ri muito da confidência. Perguntou o que tenho feito, não tinha motivos para contar minha vida a ele, resumi em duas palavras “ando ocupada”.
Tenho certeza absoluta que ele vai me ligar chamando para sair, provavelmente nos próximos dias e tarde da noite. Este comportamento é um velho conhecido. Entretanto, há uma coisinha nova nisso tudo, eu não estou interessada, deixo esse lance de andar para trás com os caranguejos.
Alguns vão pensar que o título do texto bem que poderia ser “o troco”, mas nãaao... Não estou dando troco nenhum, essa história para mim teve um fim em dezembro do ano passado (estou rabiscando outras linhas). Apenas gostaria de falar a respeito de um mané, pois há gente que, uma vez mané, SEMPRE MANÉ!

2 comentários:

Patricia disse...

Ri altooooooo e o pior é que figuras como essas é o que mais existe por ai. E como diz um velho ditado... quem não dá assistência abre espaço para a concorrência e numa boa??? Há males que vem para o bem, certo??? Pra que ficar com a maminha se você pode ter um filé mignon... hauauhahuauh

Ana disse...

Confesso que mal lembrava da criatura, mas o fato dele ter me procurado pra conversar, só por ter me encontrado depois de tanto tempo, motivou-me a escrever o texto. No fundo, queria dizer a ele FUI LEGAL E NÃO ESTOU TE DANDO MOLE!
Ahhh, com certeza prefiro o filé, quem diz que não é louca! kkkkkkkkkkkkkkkk