quinta-feira, 17 de julho de 2008

“Eu nunca fui foragido.”


Essas foram as exatas palavras de Cacciola ao desembarcar no Brasil e conceder entrevista coletiva nas dependências da Polícia Federal.

Ele esquece que, apesar de ter saído do Brasil com o “passaporte carimbado”, por força de um habeas corpus, o citado direito foi revogado apenas dois dias depois de sua ‘saída’, portanto, sabendo da situação, ele deveria ter voltado, logo, o fato de ter “decidido” não voltar espontaneamente, o tornou foragido.

Se não estava foragido, porque passou 8 (oito) anos no exterior, se recusando a voltar?
Com o habeas corpus revogado, ele não deveria ter retornado ao país imediatamente?
Será que os caríssimos advogados dele não sabem disso? Será que todos os órgãos aos quais ele recorreu (inclusive a ONU) estão errados e só ele está certo?
Até onde sei, é regra básica do Direito!

É fato que ele saiu do país, foi chamado a voltar e se recusou, tornando-se foragido.
O banqueiro passou por um longo processo de extradição e agora está de volta e preso, mas a pergunta que não quer calar é: ATÉ QUANDO?

O Brasil, infelizmente, não é país de gente séria!
Mesmo estando foragido e tendo resistido de todas as formas possíveis à prisão e ao cumprimento da pena, o JÁ CONDENADO Salvatore Cacciola conseguiu o direito de não ser algemado e de ficar em cela especial.
Até onde sei, quando se é condenado, perde-se o direito a cela/ prisão especial.
No que ele difere dos demais?
Ele é rico!

O banqueiro desviou bilhões e prejudicou toda a Nação, mas tem todo tipo de regalias, afinal, ele paga caro a advogados (e sabe-se mais lá quem) para conseguir isso.
Enquanto isso, uma pessoa que furta pães e frutas, para matar a fome da família, é preso e submetido a todo tipo de humilhação.

Repito: O BRASIL NÃO É LUGAR DE GENTE SÉRIA!!!
Como um dia cantou Renato Russo...
“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?”

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