segunda-feira, 1 de março de 2010

Mulher bonita... Inteligente... Interessante... Sozinha!

Você já viu este filme? Conhece a protagonista dele ou é a própria? Sei que existe a crença que diz que homem tem medo de mulher inteligente e bonita, mas será que este é realmente o motivo para vermos tantas mulheres sozinhas, atualmente?

Sinceramente... Creio que não! Sei que homens e mulheres têm vivido conflitos difíceis por conta das significativas mudanças sociais e, por conseqüência, comportamentais; mas daí a afirmar que tantas mulheres bonitas, inteligentes e interessantes estão sozinhas porque os homens fogem delas já acho parcial e tendencioso demais.

Então, a pergunta continua: o que acontece? Por que parece que as relações vão se tornando mais difíceis quanto mais cresce a lista das qualidades femininas? Por que elas falam e repetem que desejam encontrar alguém, viver um amor, mas se sentem cada vez mais cansadas e sem saber como agir para atingir este objetivo?!?

Começaria analisando a questão por um novo ângulo: será mesmo que o objetivo deveria ser encontrar alguém para viver um grande amor?!? Não seria isso a conseqüência, ao invés do objetivo? E se o encontro é conseqüência, qual é o real objetivo?

Pensando bem, diante de todas as mensagens que recebo abordando esta mesma questão, fico com a impressão de que muitas pessoas – homens e mulheres – estão equivocadas em sua direção, em sua busca. Focam o outro por acreditarem que é este outro (ou o encontro com ele) que lhes trará a tão esperada solução para incômodos que chamamos de “solidão”, “insegurança”, “falta de auto-estima”.

Eu sei que é mesmo muito difícil lidar com estes sentimentos. Sei também que todos nós nos sentimos tomados por eles, em algum momento de nossas vidas (mesmo aqueles que estão casados ou comprometidos) e é exatamente neste momento que bate aquele medo terrível de que este cenário nunca mude.

No entanto, penso que está na hora de parar de apostar todas as fichas no outro; e perceber, finalmente, que se o seu “grande amor” não vem, é porque de alguma forma, a sua porta está fechada.

Certamente, muitas mulheres responderiam: “De forma alguma. Estou absolutamente disponível, mas não acontece, não rola, não há homens interessados em relacionamentos estáveis”.

Ok! Talvez esta seja a maneira como você vê, mas não é a minha. Não acredito nisso. Estou certa de que existem homens interessados, disponíveis e em busca de relacionamentos estáveis. Se ele não chega até você ou você não chega até ele é, seguramente, uma outra questão...

Em primeiro lugar, percebo que existem mulheres cujo discurso sustenta a idéia fixa de que querem encontrar alguém. No fundo, não querem, não estão dispostas. Gostam da vida independente e livre que levam. Saem aos finais de semana, viajam, curtem os amigos e para não dizer que se esqueceram de sua “má sorte”, voltam para casa sozinhas e reclamando que não encontraram ninguém.

Bobagem. Estão felizes, mas ainda não se deram conta de que isso é possível. Estão apegadas à crença de que só é possível estar bem quando estão com alguém. Por isso, sustentam a sensação de que falta algo.

Se estas mulheres conseguissem se desapegar desta crença e simplesmente aproveitassem o que têm de bom, muito provavelmente o amor chegaria naturalmente, no momento exato em que os desejos interno e externo estivessem em sintonia. Sem esforço, sem tristeza, sem desespero. É uma simples questão de viver o que há de bom, agora, sem se tornar refém de uma situação que não existe, e que nem precisa necessariamente existir para garantir a alegria!

Um outro tipo de mulher bonita, inteligente, interessante e sozinha é aquele em que a ansiedade já se tornou tão desmedida, tão inconsciente e tão autônoma, que toda beleza se perde no olhar angustiado. Toda inteligência se cala na postura tensa, descrente, desconfiada, sempre pronta a atacar o homem que se aproxima, tentando confirmar se ele é apenas mais um que veio para ir embora logo em seguida... E todas as suas características, que lhe colocam na posição de interessante, perdem o brilho e a força na certeza de que não vai rolar. É um ciclo vicioso, uma crença-armadilha, uma auto-condenação pelo pavor de tentar de novo e não dar certo.

De novo, o amor não encontra espaço, porque a atuação não é solta, não é natural, não é conseqüência... E não poderá ser enquanto não houver disponibilidade interna, sem couraças e condutas que mais afastam do que atraem, que mais assustam do que conquistam.

Portanto, antes de acusar o masculino, o mundo, a sociedade ou a quem quer que seja, olhe para você. Acredite na sua beleza e inteligência e se for para ficar sozinha, que esta seja a sua grande chance de ser feliz, até que o amor chegue, para se transformar numa outra forma de felicidade!

Por Rosana Braga





Poxa, eu não poderia ter escrito melhor! Recentemente conversei com uma amiga sobre o assunto do texto e, na oportunidade, falei que me sentia diferente, mais leve e, consequentemente, mais feliz! Não sei em que momento ocorreu, apenas sei que aconteceu e que não se deu de uma hora pra outra, mas foi um processo de amadurecimento e autoconhecimento. Descobri o quão bem estou comigo mesma e com meus sentimentos. Eu disse a minha amiga que não sinto mais a necessidade de procurar a felicidade em outra pessoa, pois ela está em mim. Se alguém aparecer, ele será um complemento e não o motivo determinante de minha felicidade! E digo mais, estou 100% aberta para que ele participe de minha vida. Porém procurar, não mais, eu quero mesmo é ser encontrada, naturalmente encontrada. Não sei se posso dizer que estou mais madura, mas certamente estou mais segura.

2 comentários:

Note to Self: Humanize disse...

Achei este post fantástico. Fiz scroll mais para baixo e vi que outros posts também sao do meu agrado.

Voltarei,
Vanessa.

Patricia disse...

Eu adoro esse texto e é engraçado como vira e mexe ele acaba aparecendo na minha vida. Será uma maneira de me mostrar que eu não estou no caminho certo? Humm pode ser que sim... só que as palavras são bonitas... quem sabe um dia elas tornem-se ações em minha vida, pois hoje admito que são apenas belas palavras de uma ótima autora.