segunda-feira, 10 de março de 2008

Dia Internacional das Mulheres


Sábado vi muitas reportagens homenageando as mulheres por seu “Dia Internacional”. Mas me peguei pensando: ‘Será que há mesmo o que comemorar?
Se vocês analisarem friamente, a nossa situação não avançou tanto quanto deveria (e gostaríamos). Muitas de nós ainda recebem menos que os homens, apesar de exercermos a mesma função, trabalharmos a mesma quantidade de horas e fazermos o trabalho com a mesma qualidade (ou melhor, como em geral acontece).
E quanto às piadas (mal educadas e capciosas) que temos que agüentar quando recebemos uma promoção? Será que uma mulher não é capaz o suficiente para superar um homem e conseguir melhorar na carreira sem que tenha que “prestar favores” aos seus superiores?
Saindo do campo profissional, há também a jornada do lar, onde a mulher tem que ser boa mãe, boa dona-de-casa, boa esposa, boa amante, boa filha, enfim, tem que ser a melhor, nunca importando se irá suportar tanta cobrança e pressão.
Pelo exposto e com base em algumas experiências vividas, não sei se há tanto o que comemorar. Pra mim, 8 de março é um dia como qualquer outro...
De qualquer forma, parabéns a todas aquelas que conseguem dar o melhor de si, desejo que tenham em mente que vocês são perfeitas e maravilhosas do jeito que são, não importando o que os outros digam!
O que não se pode admitir é que esqueçam que esse dia surgiu em razão da brutalidade imposta a operárias (que reivindicavam melhorias nas condições de trabalho) durante uma manifestação ocorrida em 08 de março de 1857, nos Estados Unidos. Não podemos esquecer que 130 mulheres foram espancadas, trancafiadas e queimadas vivas em uma fábrica!
Esse não é, portanto, um dia para comemorações, mas sim para reflexões. É um dia voltado para a conscientização dos problemas vividos, dos papéis exercidos e das responsabilidades assumidas
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