A Lenda (Adele Malheiros)
Era uma vez...
Na cidade de Anan, Indochina, há muitos e muitos séculos atrás, vivia uma formosa jovem chamada Hoan-Lan, extremamente linda, mas vaidosa e arrogante. Apesar disso tinha muitos admiradores e divertia-se em fazê-los sofrer.
Kien-Fu, jovem bonito e dedicado lhe fez lindas jóias com jade, pedras preciosas, ouro e diamantes. Hoan-Lan, aceitou suas jóias, desfilou diante de todos com elas e, em seguida riu-se dele fazendo pouco de seu amor. Kien-Fu, desesperado, se atirou ao Rio Vermelho aonde morreu afogado.
Nguyen-Ba, buscou cores raras e a pintou com todo o seu ardor de enamorado. O maravilhoso quadro foi ridicularizado por ela e o pobre rapaz, desiludido e desprezado, se embrenhou na selva aonde desapareceu para sempre.
Mai-Da, passou anos elaborando um perfume enebriante somente para ela e levou seu exótico aroma para presenteá-la, que com ele toda se perfumou mas depois o humilhou, expulsando-o a gargalhadas de sua casa diante de todos. Mai-Da, se envenenou.
Cung-Le esmerou-se em fazer linda pulseira em ouro branco, ébano e nácar, que o mereceria uma rainha. Hoan-Lan aceitou a jóia, a mostrou a todos e logo o mandou embora, rindo-se. Cung-Le enlouqueceu de tanta dor.
Então o poderoso Deus das Cinco Flechas, julgou que era o momento de castigá-la e a fez enamorar-se perdidamente do formoso Mun-Cay. Desde então, Hoan-Lan se adornava, se vestia, se perfumava e tudo fazia para chamar a atenção de Mun-Cay, que sabedor de suas maldades, a olhava com desprezo. Sem dar-se conta de tal olhar, Hoan-Lan declarou a ele todo o seu amor, ao que Mun-Cay respondeu: “Tu, mísera Hoan-Lan, com toda a tua vaidade para mim não vales nada, e não chegas aos pés daquela que realmente amo.”
Enraivecida e desprezada ela se dirigiu a caverna aonde vivia o poderoso Deus das Montanhas e implorou que lhe desse o amor de Mun-Cay. O Deus a expulsou dizendo: “Saia do meu templo, pouco é o castigo que recebes!”
Decidida a vingar-se, procurou uma horrorosa bruxa que lhe propôs: “Dá-me sua alma que te juro que o formoso Mun-Cay jamais amará outra mulher.” Hoan-Lan aceitou o trato e ao avistar Mun-Cay no bosque, correu para ele com seu mais lindo sorriso e abraçou-o. Mun-Cay a repeliu e imediatamente se imobilizou e, diante de seus olhos espantados transformou-se em árvore. Nesse momento terrível uma gargalhada cortou o ar e na voz da feiticeira se escutaram as palavras “Agora sua alma é minha, Hoan-Lan, pois cumpri o que prometi, Mun-Cay jamais amará outra mulher!”
Entendendo pela primeira vez o sofrimento espantoso e toda a tristeza e mal que tinha causado, Hoan-Lan se arrependeu e, chorando copiosamente, caiu de joelhos e assim ficou longas horas suplicando perdão aos céus, no entanto somente o enorme silêncio obteve como resposta.
Ao anoitecer e ainda em prantos, se escutou do profundo da floresta, uma voz: “Foste volúvel até a crueldade, ingrata até a malvadez, mas tua dor te purifica e antes que a bruxa venha buscar tua alma, te transmutarei. Serás uma flor. Extravagante, estranha, rara, teu aroma embriagador chamará a atenção de quem passar ao teu lado e adivinhará o espírito volúvel e caprichoso que fostes, mas diante do amor que sentistes te concedo um bem, viverás eternamente abraçada ao teu amado.”
Enquanto falava, a túnica de Huan-Lan foi-se tornando translúcida, cores entre o rosa e o lilás apareceram, sua pele adquiriu a cor do nácar, seus olhos brilharam como pontos de ouro e de seu corpo emanou intenso perfume que pairou no ar. Seus braços alongaram-se e se enlaçaram ao redor da árvore que foi Mun-Cay. E assim, em Anan, nasceu a primeira orquídea do mundo.
Era uma vez...
Na cidade de Anan, Indochina, há muitos e muitos séculos atrás, vivia uma formosa jovem chamada Hoan-Lan, extremamente linda, mas vaidosa e arrogante. Apesar disso tinha muitos admiradores e divertia-se em fazê-los sofrer.
Kien-Fu, jovem bonito e dedicado lhe fez lindas jóias com jade, pedras preciosas, ouro e diamantes. Hoan-Lan, aceitou suas jóias, desfilou diante de todos com elas e, em seguida riu-se dele fazendo pouco de seu amor. Kien-Fu, desesperado, se atirou ao Rio Vermelho aonde morreu afogado.
Nguyen-Ba, buscou cores raras e a pintou com todo o seu ardor de enamorado. O maravilhoso quadro foi ridicularizado por ela e o pobre rapaz, desiludido e desprezado, se embrenhou na selva aonde desapareceu para sempre.
Mai-Da, passou anos elaborando um perfume enebriante somente para ela e levou seu exótico aroma para presenteá-la, que com ele toda se perfumou mas depois o humilhou, expulsando-o a gargalhadas de sua casa diante de todos. Mai-Da, se envenenou.
Cung-Le esmerou-se em fazer linda pulseira em ouro branco, ébano e nácar, que o mereceria uma rainha. Hoan-Lan aceitou a jóia, a mostrou a todos e logo o mandou embora, rindo-se. Cung-Le enlouqueceu de tanta dor.
Então o poderoso Deus das Cinco Flechas, julgou que era o momento de castigá-la e a fez enamorar-se perdidamente do formoso Mun-Cay. Desde então, Hoan-Lan se adornava, se vestia, se perfumava e tudo fazia para chamar a atenção de Mun-Cay, que sabedor de suas maldades, a olhava com desprezo. Sem dar-se conta de tal olhar, Hoan-Lan declarou a ele todo o seu amor, ao que Mun-Cay respondeu: “Tu, mísera Hoan-Lan, com toda a tua vaidade para mim não vales nada, e não chegas aos pés daquela que realmente amo.”
Enraivecida e desprezada ela se dirigiu a caverna aonde vivia o poderoso Deus das Montanhas e implorou que lhe desse o amor de Mun-Cay. O Deus a expulsou dizendo: “Saia do meu templo, pouco é o castigo que recebes!”
Decidida a vingar-se, procurou uma horrorosa bruxa que lhe propôs: “Dá-me sua alma que te juro que o formoso Mun-Cay jamais amará outra mulher.” Hoan-Lan aceitou o trato e ao avistar Mun-Cay no bosque, correu para ele com seu mais lindo sorriso e abraçou-o. Mun-Cay a repeliu e imediatamente se imobilizou e, diante de seus olhos espantados transformou-se em árvore. Nesse momento terrível uma gargalhada cortou o ar e na voz da feiticeira se escutaram as palavras “Agora sua alma é minha, Hoan-Lan, pois cumpri o que prometi, Mun-Cay jamais amará outra mulher!”
Entendendo pela primeira vez o sofrimento espantoso e toda a tristeza e mal que tinha causado, Hoan-Lan se arrependeu e, chorando copiosamente, caiu de joelhos e assim ficou longas horas suplicando perdão aos céus, no entanto somente o enorme silêncio obteve como resposta.
Ao anoitecer e ainda em prantos, se escutou do profundo da floresta, uma voz: “Foste volúvel até a crueldade, ingrata até a malvadez, mas tua dor te purifica e antes que a bruxa venha buscar tua alma, te transmutarei. Serás uma flor. Extravagante, estranha, rara, teu aroma embriagador chamará a atenção de quem passar ao teu lado e adivinhará o espírito volúvel e caprichoso que fostes, mas diante do amor que sentistes te concedo um bem, viverás eternamente abraçada ao teu amado.”
Enquanto falava, a túnica de Huan-Lan foi-se tornando translúcida, cores entre o rosa e o lilás apareceram, sua pele adquiriu a cor do nácar, seus olhos brilharam como pontos de ouro e de seu corpo emanou intenso perfume que pairou no ar. Seus braços alongaram-se e se enlaçaram ao redor da árvore que foi Mun-Cay. E assim, em Anan, nasceu a primeira orquídea do mundo.
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