quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Síndrome da Dona Florinda.

Gente, recebi esse texto por e-mail e adorei.
Graças a Deus não sofro da Síndrome da Dona Florinda, mas conheço pessoas que sim...
Leiam e reflitam.
Acaso identifiquem alguém assim, passem adiante, quem sabe a pessoa resolve se tratar.
Bom dia!!!




Síndrome da Dona Florinda
por
Mayara Amorim

Na vida passamos por muitas fases. Uma muito triste, intitulei de Síndrome da Dona Florinda. A pessoa é capaz de identificar essa trágica situação quando observa-se, repetidas vezes, dizendo ao “professor Girafales”: “Que milagre o senhor por aqui”. Na minha inocência de adolescente, que assistia ao Programa do Chaves, de maneira desarmada, eu imaginava que encalhada agia sem pensar ao encontrar o grande amor. Na realidade é meio isso também. Mulheres apaixonadas deixam de lado a noção da auto-proteção.

Mas, voltando a síndrome... A coitadinha da Dona Florinda precisou inscrever o filho na mesma escola (de péssimo nível) do amado, só para ficar certa de encontrá-lo todos os dias. Mal comida, ela não se arruma e vive com péssimo humor (exceto quando o professor aparecia). Nunca saia de casa, na esperança dele surgir com flores nas mãos (a esperança é a última que morre). Acho que ela deveria ser um símbolo do que muitas mulheres passam e nem mesmo conseguem perceber o que está ocorrendo.

Os homens são hilários. Nunca estão preparados para gostar. Mesmo assim, sempre acham que nós (mulheres) podemos esperá-los, aguardar o momento certo. “Vai te lascar”. Era isso que deveríamos dizer em alto e bom som como resposta. No lugar disso falamos: Eu sei que você gosta também de mim, vamos nos dar essa chance? E aí inicia o acúmulo de egoísmo masculino. Eles, já donos do pedaço, passam a mandar sem nem precisar pedir. As servas se dedicam com exclusividade aos caprichos e vontades do amado. E ainda tem uns que nem ser acariciados querem mais ser. Sabe o que eles querem? Ir pra casa dos amigos.

Mas esse tipo de comportamento é explicado desde a Grécia antiga, onde eles freqüentavam saunas coletivas para homens. Nós (novamente – mulheres) servíamos apenas para procriação (mais ou menos como hoje). O que muda um pouco a situação primitiva, é o fato deles serem assumidos. Hoje os homens praticamente casam com os seus amigos e não suportam ter a masculinidade questionada. Sei lá, vai ver que eles acham que é normal querer estar 24h perto “de quem não se ama”, que isso é coisa de macho. Ou que se programar para fazer atividades juntos, só para se encontrar todos os dias, é coisa de Homem. Ou que é normal se encontrar cinco vezes mais com os amigos do que com a própria namorada. Isso tudo é muito másculo.

Para mim não. Eu acho que o professor Girafales é um enrustido, só pode. Ele pode até não ter se dado conta. Mas no fundo (bem lá no fundo) ele é gay. Só isso explicaria a falta de atenção com Dona Florinda. Ela por sua vez, continuará o esperando na janela, com um bolo no forno. Parece que comida é a única forma de uma mulher agradar um homem. Algumas pessoas podem até imaginar que estou desiludida demais. Pode até ser. Mas é que não quero que minha vida seja uma seqüência de repetições de meus erros, como ocorre numa minissérie humorística. Aceito até humor na minha história, desde que seja uma comédia romântica, daquelas com final feliz. E se eu me conheço bem, já estou começando a escrever o final. Já que em minha história só eu escrevo...

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