domingo, 4 de outubro de 2009

De um homem atencioso para uma mulher amável!

Mais uma vez me orgulho em publicar um texto a mim enviado por um Homem Gentil.
Aaaah se todos fossem assim...


Durante alguns anos da minha vida profissional exerci o papel de moderador em planejamentos para empresas e instituições, normalmente gerenciando crises. E o que mais me impressionava nesses momentos limite é que sempre havia um grande incompreendido no meio da mediocridade ou desespero da maioria; alguém que conseguia ver as coisas como elas realmente eram sem fatalismo ou fantasia. Outra cena: uma mulher absolutamente maravilhosa em caráter, inteligência e beleza cercada de uma multidão de desatentos. Coincidência? A incapacidade de ver e se dar o devido valor de alguém especial, enfim, desatenção.
O desatento é medroso e apressado: medo de não ser bem sucedido, da solidão, de deixar um legado, daí a pressa. Acontece que pressa e desastre são irmãs siamesas. O apressado convive com centenas de pessoas, mas não consegue aprofundar uma amizade; se está a dois, seu pensamento não está presente ali, mas em algo distante; seu trabalho sai mal feito; queixa-se da solidão, mas não se permite ser tocado, não consegue suportar um relacionamento porque o olhar do outro revela coisas que ele não deseja ver sobre si e o que constrói não passa de relações e gestos superficiais.
Já o atencioso não procura atalhos para que as coisas aconteçam antes do tempo, coloca o coração naquilo que exige amor e dedicação dele agora e sabe esperar o lento ciclo de maturação das coisas. Viver com atenção às pessoas faz com que vejamos a essência delas e assim, não nos enganamos com tanta facilidade; se vê a realidade tal qual ela é, sem fantasias e assim suas construções tornam-se mais sólidas, firmes, constantes.
Sem cair no maniqueísmo de pessoas boas e más, quando damos atenção às pessoas acabamos percebendo que aquela pessoa difícil também tem valor. A diferença é que sou capaz de dar a justa medida, estabelecer a distância correta para cada pessoa e assim reduzimos em muito as ocasiões de mágoas. Desse modo acabo encontrando no meio da multidão, pessoas maravilhosas que dão sabor à minha vida, seja porque compartilham dos mesmos valores, seja porque nela, posso aprender a ser mais humano. Quando estou em sintonia com estes, brota no meu coração um sentimento de gratidão e assim desejo tornar-me o melhor que eu possa ser em retribuição ao presente que é aquela pessoa pra mim.
Mas o desatento não consegue ter gratidão simplesmente porque ela não lembra! Não lembra a música que estava tocando ou daquela data importante, porque sua cabeça estava em outro lugar naquele momento. Assim seu coração fica indiferente ao amor.
A gratidão gera o cuidado desinteressado que é capaz de curar: eu tomo pra mim um pedaço da vida da outra pessoa e dedico para ela o que tenho de melhor; eu coloco sobre os sentimentos e sonhos dela a minha mão protetora.
Quando minha vida já faz parte da vida do outro, não preciso ter desespero da posse porque sei que ela não irá fugir de mim. Então posso saborear minha amada como um todo: o jeito como acorda, a maneira como penteia os cabelos, suas pequenas maldades ou timbre da voz, a textura de pele, a maciez da boca. Aqui já não existe mais barreira entre mim e minha amada: ela se abre para mim, eu entro em sua vida suavemente. Posso ver dois oceanos e até o universo através dos olhos dela porque por meio dela, tudo na minha vida ganha aquela serenidade dos dois velhinhos que vivem um amor pra toda a vida. Par perfeito? Um homem gentil e uma mulher amável.
Cative um homem atencioso. Aí você vai ser igual aquela pequena flor que um principezinho atravessou universos para cuidá-la: Única entre milhões.

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